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sábado, 26 de novembro de 2011

A triste realidade de hoje

A triste realidade do que eu percebo hoje: Quando um homem fala que não se importa se sua mulher ganhar bastante dinheiro realmente é verdade, desde que não ela não receba mais que ele. Afinal é comum de ver uma mulher se moldar à realidade financeira de seu companheiro (restaurantes, bares, etc), agora quando a mulher ganhar mais, será novamente ela que terá que se privar de frequentar locais para não ter de ouvir o ego de seu marido/namorado ser ferido. Quando ele diz não se importar se ela beber um pouco a mais, diz a verdade, contanto que não beba mais que ele. Quando ele diz não se importar que ela tenha muitos amigos homens pode até ser, contanto que não tenha mais que ele. E, por final, quando ele fala que não se importa com o passado sexual dela, também pode ser verdade, desde que ela não tenha tido tantos parceiros quanto o número de ex parceiras dele. Posso até aceitar que a cidade e região onde vivo sejam machistas. Agora o homem que eu vir a escolher para ficar ao meu lado, não.

O que podemos suportar

Só nos preocupamos com o que podemos suportar. Por isso que uma pessoa pequena de espírito apenas se preocupa com seu próprio umbigo.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Para lembrar

Egoísmo não é amor-próprio. Ser engraçado não é rir de tudo. Ser cauteloso não é ter medo. Se divertir não é viver de festa.

Quem eu sou


Quer saber quem eu realmente sou? Sou aquela que já foi muito inocente. Aquela menina que aprendeu em altas tempestades e mares bravos a sua força. Aquela que por muito tempo não foi a procura do príncipe mas sim do sapo. Aquela que ama com toda devoção até o dia em que a decepção se fizer presente. Se você me quer ao seu lado não procure me controlar. Nasci para ser livre, andar de carro em altas horas da madrugada sem destino fixo, rir incontrolavelmente e amar intensamente. Sou empática e sofro demasiadamente com sofrimentos de outros. Quero sempre mais e encontro na compreensão das coisas e dos seus porquês a minha paz de viver. Não sou feminista, apenas abomino o jeito de pensar: homem pode, mulher não, apenas por questões moralistas. Acho pequeno. Tenho em mim uma sede de estudar e saber. Vou em busca disso como se fosse o ouro no fim do arco-íris. Já conheci lados feios do ser humano, lados que, irracionalmente não gostaria de conhecer, mas sei que toda obscuridade que um dia fez parte de minha vida serviu para a construção da mulher que sou hoje. Abomino o fazer para ser, para mostrar. Vivemos em uma sociedade absorvida pelo aparecer, pelo status, pela futilidade. Cada vez mais se atenta às aparências e menos na essência, na sapiência dos seres humanos. Fujo da mediocridade e do ser comum. Quero mais, quero tudo e quero agora. Considero que são as imperfeições que fazem a verdadeira beleza. Não quero ser perfeita.Minhas cicatrizes, imperfeições e defeitos são as marcas do que já passei, das dores que vivi e das mágoas que senti. A pergunta está respondida? Não? Pois bem, nunca me limitei em me explicar apenas com palavras, pois no final, são as atitudes que lhe dirão quem eu realmente sou. 

Pode até ser

Me chamam de distante e amarga. Quer saber? Pode até ser. Cansei desse papo medíocre, desse descaso imperativo e arrogância iminente que vejo perdurar nas pessoas. Cansei dessas verdades nunca ditas e máscaras sempre a postos. Cansei de justificar meu ímpeto desejo de estudar e querer mais. Afinal o que separa os grandes dos medíocres não é o número de QI ou inteligência absoluta, mas sim a sensibilidade, a empatia e a não conformação de nenhuma realidade por mais dura que seja. Queira por você, queira pelo outro, queira mais, queira tudo. Se você não sabe, aprenda. Se você não tem, conquiste. Se você quer, vai em frente. Se você cair, levante. Se você quiser, lute. Essa é a minha lógica, isso é o que eu defendo com unhas e dentes.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Carro de luxo


Outro dia escutava atenta uma conversa de meus amigos, de 20 e poucos anos.
- Olha ela aí, nunca faz nada. Ah, por que eu vou trabalhar? Tenho que estudar só para  passar de ano e fazer muita festa!! A vida é uma só. E o outro ria ao ouvir isso enquanto passava uma moça que mesmo se divertindo também, não fazia parte do grupo dos festeiros, até porque estudava, estagiava, fazia trabalho voluntário e saía com amigos. Não tinha tempo. Nunca tinha tempo.
Passa-se se algum tempo, quando me vejo no ponto de ônibus. O calor da cidade era muito alto, ninguém suportava a temperatura quente e o sol do meio dia. Duas senhoras ao meu lado, de aproximadamente 60 anos, ao avistarem uma caminhoneta hillux na nossa frente se olharam e uma falou:
- Um dia eu vou ter uma dessas...Não aguento mais ficar nesse ônibus da cidade.
A amiga balançou a cabeça e disse:
-Eu não, prefiria ter muito mais uma BMW daquelas.
E as duas rindo entraram no ônibus. Fiquei um tempo processando, parando e percebendo. Não importa a idade que você tenha, sempre vai ser muito mais cômodo olhar  a vida responsável passar e apontar defeitos. Sempre será mais fácil reclamar.  A vida é curta sim e deve ser aproveitada, mas de maneira com que seus atos hoje construam um bom amanhã porque senão, será você aos 60 anos, numa parada, se perguntando o que separa você do dono de um carro de luxo. 

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Renascer



Tirei um tempo para pensar. Apenas isso. Deixei de escrever, não por não ter o que falar mas sim por não ter certeza o que dizer. Estou me reinventando. Nascendo de novo, dia após dia. Ouve uma época em que acreditei em todas as humilhações que já ouvi. Ouve uma época em que achava não ser possível estar em paz comigo mesma. Ouve uma época em que eu não ia acreditar que estaria da forma que estou hoje. Mas aqui estou eu, como uma fênix retornando das cinzas.  A cada dia uma nova descoberta. Sabe, todos deveriam passar por essa experiência. Nascer aos 20 e tantos anos de idade lhe dá uma perspectiva madura das coisas, como se saíssemos do útero prontos para a batalha. Talvez seja isso mesmo que estive fazendo. Período de gestação, período de amadurecimento e percepção. Isso fez com que percebesse a quantidade de vazios em que minha vida se encontrava em certos momentos. Mas não agora. Hoje considero o primeiro dia do meu segundo nascimento, que inicio de forma mais segura e mais intensa, mas sempre aprendendo com os erros e tendo a certeza de que se esse não der certo, sempre será possível parar e renascer novamente.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Distância

Queria tanto poder te dizer, contar como passei o dia. A distância ajuda mas ao mesmo tempo enlouquece. Como ter certeza de que você não esquecerá meu rosto? Como saber como você está ou como se comportaria ao meu ver? Dói saber da nossa realidade, quando tudo o que eu sempre quis era ter o seu respeito eterno e não ter de suportar a dor de suas palavras.

Culpa

Como culpar você por algo que eu mesma permiti acontecer? Sinto mágoa e tristeza, na maior parte pela incerteza e por não reconhecer essa pessoa que sou quando estou contigo. Queria muito poder dizer que o único culpado é você mas no fundo sei, que quem permite passivamente é o verdadeiro autor do crime. Algo como um masoquista de pensamento, que chega calmo, quase sem falar e que ao atacar, mergulha-se em um mundo de dor, amargura, mágoa e paixão.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Vai ser melhor assim

Preciso de calmaria e momento de paz.
Preciso ser cortejada e conquistada.
Preciso de abraços, beijos e palavras de amor.
Preciso de um tempo.
Preciso não pensar.
Preciso do sol e do sorriso no rosto.
Talvez quando voltar, podemos recomeçar, reamar e reavaliar...
...mas até lá, digo até logo,
com dor no coração, mas com alma limpa.
Vai ser melhor assim.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

domingo, 28 de agosto de 2011

Ao ponto de.

Eu te amo. Eu te amo muito. Nao sei bem o que significa só sei que o sinto. Você é meu melhor amigo. Aquele que eu quero contar tudo que acontece no meu dia. aquele que se eu fico sem falar, parece uma eternidade. Sim eu sei, talvez fizemos um erro em ter nos tornado mais que amigos por um tempo. Mas ao mesmo tempo nos reaproximou e nos mostrou que é possível sim gostar e cuidar mesmo que irrite, mesmo que machuque. Eu te amo a medida que ponho a sua felicidade acima do meu egoísmo. Amo ao ponto de odiar quem te machuca. Amo ao ponto de morrer só de pensar no teu falecimento. A vida, o acaso trouxe-nos pra perto para sermos amigos. E só dependeu de nós fazer disso a melhor e mais complexa amizade de todas.



quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Queira sempre mais

Queira mais, espere mais e não se conforme. Não passe a vida toda pensando o que teria acontecido se isso ou aquilo tivesse sido diferente. Acredite e vá em frente. É importante não parar, e não ir pra trás. Quantas vezes você se vê numa encruzilhada, algum momento da vida em que o futuro bate em sua porta e você se prende a um passado fluido, que talvez nem mais existe?  Deixe ser, deixe estar. Desapegue-se das coisas que já não conseguem fazer você sorrir, que já não cabem mais em sua vida. Isso não é desistir. É apenas perceber que nada dura pra sempre e que, sim, você merece muito mais. Deixe o futuro, o novo, entrar em sua vida e não se prenda a algo apenas pela sua lembrança. Lute pela sua felicidade e insista em você. Não queira o bom, o médio, alguns segundos de felicidade. Queira o excelente, o melhor e deseje uma vida inteira de momentos felizes.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Até nunca mais ser


Ele era uma saudade, um gosto, um cheiro.
Uma risada, um olhar, um segredo.
Era um amigo, um amante, um desejo.
Era um telefonema na madrugada, era incompreensão, era diferença.
Era o silêncio, era uma felicidade, era de vez em quando.
Era uma surpresa, era uma incógnica, era instigante.
Era um mistério, era dúvida.
Ele era...
Até nunca mais ser.

sábado, 2 de julho de 2011

Controle


Ela não era qualquer mulher. Muito menos daquelas que esperava sentada por alguém. Mas lá estava ela, vestida, pronta para seu encontro e ele não aparecia. Ao se olhar no espelho mais uma vez ela não pensou entristecida com o que estava acontecendo, nem se sentiu inferior. Sentiu-se submersa, doada, entregue a uma fantasia. A liberdade que ela se dá de dia, o controle que ela possui em sua vida, dizimada nesses pequenos momentos em que ela se tornava controlada, submissa, amante. Ela desce, entra no carro. E ao olhá-lo nos olhos, enquanto ele arde em desejo, ela percebe que também, ao seu modo, o controla.   

sábado, 25 de junho de 2011

O comum não me agrada


O comum nunca me agradou. Sempre fui adepta ao estranhismo, a diferença, ao incomum. Gosto do torto, do desajeitado. É incrível o sentimento que tenho quando aprecio algo praticamente inapreciável pelo resto do mundo. Sinto ciúmes se uma música, um filme, quando algo totalmente invisível começa a alcançar os olhos e ouvidos dos outros, se tornando assim, parte de um modismo. Acredito que a moda em si, seja algo comum demais. Claro, deixamos de lado a generalização. Refiro-me da moda passageira, aquela que abomina a repetição ou o uso de algo apenas porque a estação passou. Coco Chanel já falou disso, e repito. Sou contra deixar uma roupa no armário apenas porque a moda diz que é proibido. Com música, teatro, acontece exatamente a mesma coisa. Se certa música, de certo cantor se torna hit popular, você deve, pode dançar e escutar a ela. Agora, fuja se passar o tempo e ela se tornar “velha”. Aí você já deve ter esquecido quase como ter um armário de músicas não mais escutáveis, pois a sua validade já expirou. O que percebo hoje é uma necessidade absurda de aceitação, de convencimento e do entrosamento. As pessoas têm medo de serem excluídas por seu grupo de amigos, de colegas do trabalho ou da faculdade. Comigo acontece o contrário. Gozo de situações onde sou estranhada, não compreendida, olhada tortamente. Acho isso um elogio maior do que qualquer outro. Estão admitindo que não sou comum, normal, água com açúcar. O diferente sempre tem uma pimenta, sempre tem um tempero. E é claro, quando ele aprecia o que é, causa maior estranheza ainda, como se fosse impossível gozar de não ser popular. 

sábado, 18 de junho de 2011

Um completo desconhecido


A viagem começou e ao meu lado sentou-se um policial. Com sua farda, e seu corpo grande, pediu-me o favor de acordá-lo dentro de uma hora, pois era policial rodoviário e seu trabalho o esperava.  Algo tão intenso foi me percorrendo. Sem explicação exata desse momento que vivenciei, ouvi minha música imaginando como seria seu toque em meu corpo. Nada dito até então, no momento em que o relógio marcou 7 horas, o acordei. Nesse momento, vi sua aliança e tudo em mim freou. Virei de lado, e fechei os olhos. A visão dele estava para o meu decote, que eu fazia questão de mostrar além do meu rosto, é claro. Quando me dei por conta ele se deita de lado também. Seu rosto praticamente cola no meu, nossas bocas distanciam-se milimetricamente. Ao abrir os olhos, uma força magnética não me permite mexer nem muito menos falar. Estava imobilizada. Ele também abre seus olhos e assim permanecemos. Dois desconhecidos, protegidos pelo anonimato excitante, dividindo olhares tão profundos e intensos, tão enigmáticos que faziam meu corpo queimar. Ah, a vontade era tanta de esquecer o mundo em minha volta e tocá-lo. Os segundos passavam e nossos olhares variavam-se dos olhos para a boca. O momento nunca chegava. Queria muito avançar, abrir a boca e falar, mas não conseguia. Quando íamos tomar coragem o passageiro do lado levanta e informa ao meu desconhecido que sua hora de desembarcar chegou. Ele levanta. Desnorteado também, sem jeito pelo o que quase aconteceu. E sorriu. Quando me dei por conta já me encontrava sozinha no banco do ônibus. O anônimo saiu, mas deixou em mim uma história. Espero que um dia voltemos a nos encontrar. Mas enquanto esse dia não chega, fica em mim a doce lembrança do momento mais íntimo que já dividi com um completo desconhecido. 

domingo, 5 de junho de 2011

Desabafo de um coração cansado


Não quero mais, não posso. Sim, eu sei,  cada um em seu lugar. O silêncio que me percorre grita aos berros minhas feridas abertas. Mas não há mais nada a se dizer. Seria tão mais fácil podermos apagar da memória e do corpo, todas as marcas que o tempo deixou.  A dor que me percorre não é de desespero, mas sim desesperadora. Busco em mim forças para agüentar, pessoas para suprir e atividades para sucumbir. Sei em mim que não quero a facilidade, o jeitinho, o manejo. Quero obstáculos vencidos, lições aprendidas e erros perdoados. Quero a dificuldade, quero a responsabilidade. É tão mais simples buscar o fácil, é tão mais rápido. Sim, a velocidade sempre foi minha “ami/inimiga”, mas dessa vez ela não me ajudará. Não me tornarei uma vítima das circunstâncias, muito menos as que me foram impostas. Talvez um dia o perdão possa pacificar meu passado. Mas sei que o presente e futuro estão esbranquiçados. A cada pensamento uma nova esperança de que sim, a distância um dia será a totalidade de nosso relacionamento. 

terça-feira, 31 de maio de 2011

Até Quando?


Até quando vamos nos enganar, dizendo que tudo isso vai passar, até quando?Até quando vamos mentir, dizendo que podemos controlar, não importam os sinais, que nos fazem ir e voltar como se não importasse a dor disso tudo? Até quando você vai me ignorar, com medo de gostar ou de admitir que sente sim, minha falta? Até quando embestarei em falar contigo, tentando desesperadamente fazer parte de seu dia a dia? Provar para mim mesma que sou mais que apenas uma amante nas horas vagas? E você, com esse medo de perder um controle que nem sei direito se ainda o tem, me ignorar, fingir que não faço parte de tua vida? Não quero e não procuro romantismo barato, hipócrita, nem mentiroso. Quero a verdade verdadeira, não complicada. Mas isso também é utópico. Nós dois nunca fomos honestos, não em relação aos nossos sentimentos. Como explicar o que mudou? Apenas sei que hoje você não é mais apenas o amigo colorido. Hoje você é o homem, o cheiro, a risada. Hoje você é uma lembrança doce, uma saudade inesperada e uma dor inacabada. Hoje você é muito mais do que um dia achei que podia ser. Tenho tanto medo, de finalmente admitir que não somos amigos. Nunca fomos. Mas sim, sempre indo além, com nosso ímpeto desejo e carinho, buscando desesperadamente encontrar maneiras de finalmente dizimar esta vontade louca, pulsante em nossos corpos. Esperamos esse dia como nenhum outro, mas ele nunca chega. Tantas tentativas, para depois sucumbirmos fortemente e loucamente ao desejo que de tanto oprimido, expele-se de forma descontrolada, animal e fora de controle. Envergonhados, muitas vezes, tentamos fingir que não percebemos, tentamos racionalizar o acontecido, ou até culpar o outro por isso. Até quando?

domingo, 22 de maio de 2011

Doce Lembrança

Fico tentando decifrar maneiras para entender, para fazer você entender. Somos amantes, amigos, parceiros, inimigos, chatos e controladores. Tentamos mas nunca deu certo. O fim nunca chega, a não ser que o forçamos a isso. Mas a volta sempre vem. Chega sorrateiramente, sem pedir licença, e cá estamos nós, na subida da montanha russa, mais uma vez. E quando a queda chegar? Irá você me largar? Tenho medo do que sinto, e tenho medo da falta que você me faz. Não consigo suportar, mas ao mesmo tempo não há presente para me fortificar. Nós nunca existimos, o plural, o conjunto o casal, nunca aconteceu. Éramos jovens, inconsequentes, loucos pela paixão e pela vontade de se ver. Mas aí, algo no caminho alterou-se. Descobrindo seu jeito, maneiras de fazer você desistir de se armar, ao menos quando dividíamos um curto espaço de tempo. Os beijos, os olhares, as carícias, ao mesmo tempo tão velozes, tão vorazes, tão selvagens, fazem de nós dois meros reféns do que nossos instintos são capazes de mostrar. Não queremos sentimentos, nem mágoas, mas isso é algo impossível de escapar. Você sempre será algo inexplicável, um codinome bem usado, uma doce lembrança de um homem que me fez sentir mulher. 

sábado, 21 de maio de 2011

Universo Paralelo

A noite cálida, escura e fria. Em algum lugar distante ouve-se uma música. Algo sutil para ouvidos não treinados, algo sereno, triste e profundo. Suas mãos deslizam no piano e seu corpo parece querer acompanhar incansavelmente o ritmo da música. Não, ela não está aqui. Está em outro lugar, em transe, onde apenas ela e Beethoven se encontram. A paz, harmonia desse momento onde o movimento dos dedos ao encontrar com a tecla parecem dançar, sempre em sintonia. Algo mágico a percorre, algo novo, algo subliminar. Fantástica que é a música clássica, a música erudita. A cada acorde, uma nova descoberta. Ah que instrumento mágico. É incrível a arte de se expressar através da música sem nenhum tipo de letra verbal. É tão mais misterioso. A cada partitura uma nova descoberta dos sentidos, das razões e das emoções do compositor ao escrever a peça. A cada dedilhado, a cada leitura, um novo universo de possibilidades abre em seu horizonte. Nada mais importa, nada mais entra em seu pensamento. Deste momento em diante, ela apenas concentra-se em seu universo paralelo, onde o seu piano é o personagem principal e a sua mão, bem como seu corpo e alma, meros coadjuvantes.

sábado, 2 de abril de 2011

Liberdade

Ela sai para a rua, entra no carro. Só ela, o som e a velocidade. Nada extremo, apenas paz. Isso que ela busca, isso que ela precisa. Atingir um momento em que não há mais nada a se pensar do que a música que toca. Enquanto ele não chega, o carro anda. Percorrendo ruas, em busca de algo desconhecido. Liberdade. É isso que sente. É isso que precisa. A despreocupação total. O vento bate em seu rosto e às vezes, lágrimas caem. Mas não há problema. Neste momento não deve explicação a ninguém. O futuro é novo e seu presente é seu.