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sábado, 25 de junho de 2011

O comum não me agrada


O comum nunca me agradou. Sempre fui adepta ao estranhismo, a diferença, ao incomum. Gosto do torto, do desajeitado. É incrível o sentimento que tenho quando aprecio algo praticamente inapreciável pelo resto do mundo. Sinto ciúmes se uma música, um filme, quando algo totalmente invisível começa a alcançar os olhos e ouvidos dos outros, se tornando assim, parte de um modismo. Acredito que a moda em si, seja algo comum demais. Claro, deixamos de lado a generalização. Refiro-me da moda passageira, aquela que abomina a repetição ou o uso de algo apenas porque a estação passou. Coco Chanel já falou disso, e repito. Sou contra deixar uma roupa no armário apenas porque a moda diz que é proibido. Com música, teatro, acontece exatamente a mesma coisa. Se certa música, de certo cantor se torna hit popular, você deve, pode dançar e escutar a ela. Agora, fuja se passar o tempo e ela se tornar “velha”. Aí você já deve ter esquecido quase como ter um armário de músicas não mais escutáveis, pois a sua validade já expirou. O que percebo hoje é uma necessidade absurda de aceitação, de convencimento e do entrosamento. As pessoas têm medo de serem excluídas por seu grupo de amigos, de colegas do trabalho ou da faculdade. Comigo acontece o contrário. Gozo de situações onde sou estranhada, não compreendida, olhada tortamente. Acho isso um elogio maior do que qualquer outro. Estão admitindo que não sou comum, normal, água com açúcar. O diferente sempre tem uma pimenta, sempre tem um tempero. E é claro, quando ele aprecia o que é, causa maior estranheza ainda, como se fosse impossível gozar de não ser popular.