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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Até nunca mais ser


Ele era uma saudade, um gosto, um cheiro.
Uma risada, um olhar, um segredo.
Era um amigo, um amante, um desejo.
Era um telefonema na madrugada, era incompreensão, era diferença.
Era o silêncio, era uma felicidade, era de vez em quando.
Era uma surpresa, era uma incógnica, era instigante.
Era um mistério, era dúvida.
Ele era...
Até nunca mais ser.

sábado, 2 de julho de 2011

Controle


Ela não era qualquer mulher. Muito menos daquelas que esperava sentada por alguém. Mas lá estava ela, vestida, pronta para seu encontro e ele não aparecia. Ao se olhar no espelho mais uma vez ela não pensou entristecida com o que estava acontecendo, nem se sentiu inferior. Sentiu-se submersa, doada, entregue a uma fantasia. A liberdade que ela se dá de dia, o controle que ela possui em sua vida, dizimada nesses pequenos momentos em que ela se tornava controlada, submissa, amante. Ela desce, entra no carro. E ao olhá-lo nos olhos, enquanto ele arde em desejo, ela percebe que também, ao seu modo, o controla.