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sábado, 2 de julho de 2011

Controle


Ela não era qualquer mulher. Muito menos daquelas que esperava sentada por alguém. Mas lá estava ela, vestida, pronta para seu encontro e ele não aparecia. Ao se olhar no espelho mais uma vez ela não pensou entristecida com o que estava acontecendo, nem se sentiu inferior. Sentiu-se submersa, doada, entregue a uma fantasia. A liberdade que ela se dá de dia, o controle que ela possui em sua vida, dizimada nesses pequenos momentos em que ela se tornava controlada, submissa, amante. Ela desce, entra no carro. E ao olhá-lo nos olhos, enquanto ele arde em desejo, ela percebe que também, ao seu modo, o controla.